segunda-feira, 28 de junho de 2010

Este vazio decorre...

Não sei bem o que aconteceu!
Este vazio decorre...
Quero refugiar-me no meu segredo absoluto
Quero algo em que possa tocar...
como este mundo tão puro,
como a fonte essencial da felicidade.
Nada é demais, tudo é de menos.
E tudo acaba!Tudo acontece sem ser previsto...
Quando se foge de qualquer coisa,
chega-se sempre a algum lado.
Somos comidos pela solidão...
a solidão têm mais voz, mais peso,
maior evidência,
o medo de crescer a partir das coisas que pensamos,
vivem nas nossas mentes.
Levantam-se sentimentos!...
com o espírito trapalhão com que nos gerimos.
O mundo transfigura-se!
Quando existe a ilusão de ele não existir.
Sem sentido ou razão...
A verdade é que temos de perguntar que sentido faz a vida, sem dela nada aproveitarmos.
Mas qual? a vida solitária e revoltada?
o triunfo, o poder, as ideias...
Os olhos brilhantes de violência
um pacto de silêncio,
quando de repente, na minha frente
frente à lareira apagada,
a dificuldade de avaliar o passado e enfrentar a verdade
que não deixa de se revelar crua.
Paleio a dúvida e a angústia com análises simplistas,
que busco mas não encontro.
Este vazio decorre...
É como aquelas coisas más que trazem depois coisas boas...
perco-me nas horas a olhar,
os lugares, as coisas
um conceito de destino
em todos os sentidos da vida.
Este vazio alastrou, de tal forma, que põe em causa a própria razão
conduz a conflitos profundos,
ao melhor dos meus sentimentos e emoções
cuja natureza se opõe à partilha,
à vida, ao amor, à amizade, ao ócio.
E a vida? não a vivo?

mikii
(Foto da net)