quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Próspero Ano de 2012


Natal Engraçado
Recados Atualizados para Orkut é no Glimboo!


C@rlos@lmeida

O meu conceito de Natal

Envelhecemos todos ao ritmo do próprio mundo. Tudo o que acontece na minha vida acontece sempre por alguma razão. Tento tirar sempre o lado positivo das coisas.
Fazem-me crescer e amadurecer. Amadurecem os sentimentos mais rebeldes.
Não me considero materialista, sou apologista das tradições natalícias, opto por dar mais significado aos valores familiares do que propriamente às tradições de Natal.
Sinto esta época natalícia de forma sentimental, até porque na minha infância o Natal era sempre muito triste e sofrido.
O meu Natal ideal é aquele que envolve toda a família, junto a uma lareira acolhedora, com o frio lá fora. Lembra-me os meus melhores anos de infância nas beiras.
Actualmente, já que o tempo é pouco, tento sempre estar com a minha família e confraternizar neste dia, lembrando o nascimento de Jesus. Quando era miúdo nunca fui exigente, mas pensava nas prendas. Nunca fui muito de pedir, contentava-me com o que me davam. Sempre fui habituado pelos meus pais, a dar importância ao carinho e a tudo o que damos ou compramos o ano inteiro quando precisamos do que propriamente às prendas.
Com os anos quebrou-se o encanto, mas não a magia.
As recordações que guardo desta quadra são aquelas que me acompanharam sempre… a minha fé no Pai Natal, o cheiro a prendas e a comida, do rosto de cada elemento da minha família, aquela luz única que se vive e se sente no natal… que se chama “menino jesus”.
O verdadeiro espírito de Natal é aquele que nos eleva a alma, nos torna mais espirituais e menos materialistas.
Esta data sensibiliza o meu coração e faz-me pensar seriamente nos pobres e nos injustiçados espalhados por esse mundo.
Celebrar o Natal é abandonar o egoísmo e abraçar o entendimento e a harmonia entre as famílias.
Segundo o que penso do Natal, irei transmitir o mesmo conceito de “natal” que os meus pais me legaram a mim. Acima de tudo o Natal é a celebração do nascimento do menino jesus. Hoje em dia, infelizmente dá-se mais importância às prendas, à figura do Pai Natal, colocando-se de lado a verdadeira lógica da quadra.
Com a chegada dos meus filhos voltei um pouco a quando era criança: comecei a viver outra vez, toda aquela magia.
Aos olhos das crianças, a árvore de Natal, as luzes, os enfeites, as prendas e os doces são, muito provavelmente, as mais evidentes tradições desta quadra, assim também o consideram os meus filhos.
Paz amor e harmonia são alguns dos sentimentos mais nobres que costumo pedir para esta época do ano, pese embora o facto de ser essencial para o resto do ano.
A dádiva e a partilha deveriam ser uma parte integrante da vida de cada um de nós em todas as ocasiões e não apenas no Natal.
Num momento em que a vida de todos é tocada pela ternura de uma época em que a dádiva é esperada, a partilha a meu ver é um dos mais bonitos gestos do mundo.
Mas o que eu gostaria que houvesse neste e em todos os Natais era: mais amor pelo próximo, e coragem, mais sentido de respeito para com Deus e este Planeta fabuloso que ele criou.
Numa quadra onde a família se reúne e passa momentos de alegria, faço questão de reforçar os laços que me unem aos meus familiares mais chegados e junto deles relembrar os acontecimentos marcantes da festa de Natal.
A quadra natalícia é vivida com mais intensidade e pureza pelas crianças do que pelos adultos, pois “os adultos têm muito em que reflectir” há sempre alguma nostalgia no ar.
Para mim o Natal é o culto da família e das memórias. O ambiente de felicidade e paz faz-me lembrar e pensar também naqueles que amei, mas já não estão comigo e penso mais nas injustiças da nossa sociedade. Por isso o natal ainda tem algum significado para mim… muito… a começar pelas memórias. É um tempo onde o amor entre as pessoas se partilha de uma forma mais forte e mágica.
O menino jesus é afinal o símbolo da esperança e de dias melhores; hoje e sempre.
Resumindo, para mim o Natal são os valores que me foram transmitidos como a seriedade, o respeito, o amor, a ternura, a partilha, para que seja um homem bom e possa contribuir para um mundo melhor não só no Natal, mas em todo o resto do ano.



FELIZ NATAL


BOM ANO DE 2012


C@rlos@lmeida

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Carta Irónica ao Pai Natal 2011



Pai Natal
Sempre gostei muito do Natal e lembro-me que todos os anos escrevia ao Pai Natal a pedir prendas exorbitantes.
Ainda bem que nesse tempo ainda não existia a troika nem a Angela Merkel.
E tu Pai Natal poe-te a pau porque com a austeridade que vai no mundo também corres o risco que o teu mito seja desfeito este ano ainda.
Bolas! Pai Natal demorei estes anos todos a convencer-me de que, afinal, o Pai Natal dos meus sonhos não existia!...
Pai Natal
Só quero acordar todos os dias sem me deixar ofuscar por este mundo que é fascinante e, ao mesmo tempo, assustador.
Gostaria de dizer, simplesmente que prefiro ser um “alienígena selvagem” “feio” “porco” e “mau” do que ser mais um daqueles que anda por aí a ver andar os outros.
Afinal nesta sociedade quem é que são os verdadeiros “maus da fita”?
Sou eu ou os que têm o poder nas mãos?
Gente errante, sonhadora, egoísta, excêntrica que tenta superar com humor a dura realidade da vida que leva.
Das evocações e dos efeitos psicológicos e emocionais, uns nostálgicos, outros perversos, que afectam o presente.
Mas não consigo compreender esta indiferença Pai natal…
A maldade e o cinismo deixam-me muito triste e são tristes essas pessoas. Pai Natal o mais importante é trabalhar, manter-me ocupado, divertir-me e ter tempo para a família e amigos.
Pai Natal eles andam tristes os cortes são muitos, se calhar é importante que as pessoas saiam do seu mundo de riqueza e luxúria e encararem a realidade daqueles que nem sequer dá para cortar.
Também sou apologista de que o mal seja punido.
Pai natal todos nós ouvimos histórias de encantar e belos contos de fadas na meninice, mas com o passar dos anos apercebi-me que as pessoas eram más e só são alguém no meio da falsidade e egoísmo. Há pois é… tirando isso são uns miseráveis, uns tristes.
Mas vamos aprendendo Pai Natal…
À medida que crescemos vamos vivendo e vamos levando pancada o que faz com que o nosso olhar sobre as coisas se vá modificando, vamos estudando as pessoas que nos rodeiam, vamos definindo o nosso carácter e acabamos por ir observando as coisas de uma forma mais desidealizada, desmistificada… Mas não fiques triste Pai Natal, as pessoas nem sempre gostam de se deparar com pessoas frontais. Fui educado a sê-lo. Não é agora que vou mudar.
Obviamente que o meu objectivo não é ferir ninguém, até porque é natal tempo de paz e amor.
Pai Natal tem cuidado, porque a emoção e o amor ao próximo estão a ser um pouco postos de lado. A inteligência e outras capacidades não valem nada, viver numa sociedade assim ostracizada e isso leva-me a desejar algo mais da vida. No que toca ainda à malvadez convém não esquecer…
Estes são estereótipos bons para trabalhar. Vejo hoje como as pessoas se atropelam os direitos e a vida das pessoas.
Pai Natal , hoje em dia assistimos cada vez mais, aos amigos que traem os amigos e às pessoas que magoam as outras, por vezes sem necessidade nenhuma.
É uma luta entre aquilo com que querem que nós vivamos e aquilo com que vivemos. Os grandes senhores julgam-se perfeitos, mas a imperfeição é muito mais bonita do que a perfeição, porque a perfeição não existe.
Pai Natal há profissões que aproximam as pessoas do drama, dos momentos mais escuros ou dos mais felizes das vidas dos concidadãos.
Aprendi a manter a serenidade sem mudar o que quer que seja. O sentimento que tenho neste momento é o mesmo daquele que há quando um casamento acaba: o melhor é despedirmo-nos antes de estragarmos o que ficou para trás.
Pai Natal…! Não acredito nas pessoas. Não acredito que as pessoas são o que querem. Não são!
Não! Nós não somos o que queremos, somos fruto da genética!
Por razões várias tive sempre alguma dificuldade em estragar coisas. Sempre guardei as coisas velhas, vesti-me sempre com roupas muito usadas nunca fui do género de olhar para as montras.
Não entendo como é que as pessoas vão daqui para Londres ou Paris para fazer compras de Natal.
Pai natal o supérfluo faz-me alguma confusão. Por natureza não gosto de estragar. Os ricos estão a ficar muito mais ricos, sobretudo aquelas pessoas que se movimentam à vontade pelo mundo e tornam tudo deles.
O homem é capaz de tudo para sobreviver, e, portanto, os senhores do mundo, vão riscar do mapa uns biliões de pessoas para que os que ficam possam sobreviver.
Pai Natal na Europa, com a austeridade já vai acontecendo…
Entretanto a humanidade continua a crescer! Não vai dar!... a única solução é reduzir.
Pai Natal, acho importante retirar ensinamentos das situações que vivemos, mas nunca olhar para o futuro como uma desgraça, porque isso é muito mau. Devemos aprender com as experiências, sejam boas ou menos boas, para assim poder amadurecer, e depois poder continuar a vida.
Ai, ai! Agora é que vão ser elas!...
Hoje em dia, maltrata-se muito o Português. Até os ministros falam mal!...
Austeridade, austeridade, austeridade, tróica, tróica, tróica, quase que até parece a música “jingle bells, jingle bells”… mas em versão moderna!
Pois é… pai Natal estou mesmo a terminar.
Agora falando sério…
Como tu sabes, à medida que vamos caminhando para a idade adulta e madura, o Natal passa a ser também um tempo de nostalgia e até de depressão.
Pouco a pouco a família foi perdendo alguns elementos e a saudade associada à perda torna-se muito presente na noite da consoada.
A solidão pesa mais nestes dias, e muitas pessoas desejam que o tempo voe para que o sofrimento cesse.
Os conflitos familiares vêm ao de cima, e o espírito de Natal é invocado como forma de abrir um período de tréguas, até que tudo volte a ser como era.
As crianças mantêm-se alheadas de tudo isto e esperam ansiosamente pelo momento de abertura das prendas.
O Natal é das crianças e um dia chegará o momento, em que também elas serão adultas e perceberão que a vida é muito mais dura e menos colorida que os embrulhos. Até lá só lhes é pedido que sonhem, pois os pais “Natais”, tudo farão para materializar os desejos por forma a manter longe, muito longe, a sombra do trauma, esquecendo-se que são as dificuldades que nos fazem crescer e tornarmo-nos homens e mulheres emocionalmente equilibrados e capazes de enfrentar as agruras da vida.
As pessoas têm tudo o que as coisas para das não têm.
As pessoas pensam, sentem, sofrem, poupam e morrem…
Pai Natal!... Vê lá se consegues mudar alguma coisa para melhor em 2012, que este ano foi uma desgraça.
Na minha opinião é deixá-los falar e seguir o nosso próprio caminho, o ciclo da vida é a melhor forma para conseguirmos pelo menos ser felizes neste Natal.


Feliz Natal
Próspero Ano 2012

C@rlos@lmeida

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Em Silêncio


Eu vivi em silêncio
á beira do limite,
cada passo
cada segundo…
A realidade pode ser apenas,
uma aparência
que alimenta o sonho.

Eu ouvi o silêncio
o poder da imaginação
não resisto ao seu “olhar”
um olhar azul
uma noite calma
profunda e intensa
que me alimenta a alma.

Eu bebi em silêncio
coisas que eu senti
as feridas mais difíceis de sarar
momentos de angustia
escritos a lápis
que quero apagar
que me alimenta o pensar.


Eu sofri em silêncio
quando eramos um só
e nesse abraço forte
quando o frio apertou
do teu corpo, os mistérios
olho por dentro o sofrimento
que alimenta o que restou.

Eu senti em silêncio
quantos erros cometidos
tantas vezes!
No calor de um beijo teu
cristais de ilusão
tiveste em mim o teu espaço
que alimenta o sentimento.

Eu amei eu silêncio
amor… sentimento maior
rosas vermelhas
bálsamo da vida,
um choro calado
parece flutuar à deriva
que alimenta o amor.

Eu odiei em silêncio
a felicidade
a infelicidade
Senti o peito gelar-me o coração.
tu… eu… nós…
criamos um amor
que alimenta o ódio.

Eu vivi em silêncio…
Eu ouvi o silêncio…
Eu bebi em silêncio…
Eu sofri em silêncio…
Eu senti em silêncio…
Eu amei em silêncio…
Eu odiei em silêncio…

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A cor do amor és tu


A cor do amor és tu
minha lágrima
minha querida…
mesmo das mais baixas marés
ás tempestades.

A cor do amor és tu
de sorriso doce
de sorriso imenso,
para rir e chorar
por breves momentos.

A cor do amor és tu
cruel…
secaram as lágrimas,
nos olhos cansados
Lancei aos ventos mil raivas

A cor do amor és tu
um lugar vazio,
corpo iluminado
daquilo que eu…
sinto por dentro.

A cor do amor és tu
O olhar,
já está esquecido,
o limite, é mesmo…
a minha imaginação.

A cor do amor és tu
transmites-me o céu
saudade,
traição…
mas isso é apenas o reflexo.

A cor do amor és tu
na verdade, o que importa
é que esteja bem…
e mais perto do céu,
quero amar-me imenso.

C@rlos@lmeida

(Foto da net)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Oiço canções


Oiço canções
no meio da correria
a música faz parte do poema,
antes da música, há sempre a palavra…
sobre o amor e os amores.

Oiço canções
sobre o amor e os amores
canções de valor espiritual
canções intemporais
sentimentos…

Oiço canções
canções de amor,
canções de olhares intensos
do eterno ar carente
de quem as sente.

Oiço canções
que são a união do corpo,
dos olhos,
da voz,
de toda a batida do coração.

Oiço canções
doces e ardentes,
olhos nos olhos,
pouco a pouco,
deixo-me levar pela melodia.

Oiço canções
não há regras
não há limites
lavo a alma
com canções de amor.

Oiço canções
momentos de melodia
e de palavras
o amor que transmitem
é infinito.

Oiço canções
uma brisa de alegria paira no ar
eis que algumas canções
quando pensam em mim
chegam quase como uma bênção.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

O Mar!


Preciso de me encontrar com o mar
acredito que o mar representa a minha liberdade,
a minha realização como ser humano.
O mar azul- turquesa!
sorve cada momento,
com um sorriso lindo
de quem está em perfeita harmonia,
para apanhar a luz que o sol irradia.
Preciso de me encontrar,
fugir às ruas barulhentas
e empoeiradas da cidade…
meu doce mar…
onde adormeço embalado
pelas ondas suaves,
pelos gritos das gaivotas
e outras aves marinhas.
O meu mar…
Ágil, perfeito , amadurecido
o meu sangue,
o meu coração
os meus sentimentos,
os meus arrepios,
os meus medos.
Preciso de me encontrar com o mar!
Gosto do azul,
transmite-me paz,
faz-me acreditar
quando os sentidos dominam a razão.
O calor emanante da terra,
estranho, cheio de mistérios…
É-me indispensável sentir
esta paz de espírito.
Vou-me embora mar!
Aqui…
há uma língua que não precisa de tradução,
a do sentimento…
não necessita nem de prantos,
nem de vozes,
nem de beijos,
nem de despedidas
meu doce mar…
Eu volto!

C@rlos@lmeida

(Foto Cute S.Miguel)

Mar de Ilusão


Mar de ilusão!
noites em que escondo
nas asas do vento
palavras do meu coração.

Observo as mesmas estrelas
ou apenas a breve brisa que lamenta
vem depressa abraçar-me
mar de ilusão.

Preciso acreditar…
Fito o horizonte
mar de ilusão
nos momentos ausentes.

Mar de ilusão
escutas os meus lamentos
meu amor… minha dor
perco-me em ti.

Uma alma que chora
deixa que viva sem angústia
o nascer da aurora,
mar de ilusão.

E o arrependimento?
das brumas do passado
mar de ilusão
até ao fim da vida.

Trocam-se sorrisos
debaixo do céu…
perto do mar…
mar de ilusão.

C@rlos@lmeida

(Foto Cute S.Miguel)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Noite...


A noite…
A minha maior confidente!
Mais uma noite que tenho
por companhia o luar…
Sinto o vento frio
que me bate no rosto…
Pode ser o vento da tormenta
pode ser do luar…
São momentos vazios de solidão,
por essa noite que se demora.
Até o murmurar do vento
vai guardando a minha ilusão,
e deixa que o meu corpo se acalme.
A noite…
grito mudo que ecoa,
qual música me faz sonhar
e me leva para longe…
A noite…
Um anjo caiu do céu
por essa noite que se demora
quase sempre às escondidas,
como uma noite sem luar
A noite…
Sorri e olhei o horizonte
com os olhos cor de mar.
recordei e visualizei,
o luar e tudo o que vivi.
O luar…
luz da madrugada que antecipa
o nascer do sol.
A noite…
O luar…
Mais uma noite em que tenho
por companhia a lua
A luz…
O luar…

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vida

Vida
É madrugada calma,
um novo dia já floresce,
e enquanto te lembro
perdido em palavras e sonhos
é o barulho da vida que me traz de volta à realidade.
A noite pesada, sombria
já é fumo e desaparece,
e oiço-te dizer, com o olhar mais triste do mundo
que há vidas que passam,
como se o destino das vidas
não fosse esse mesmo.
Um novo dia de esperança ou desilusão
ninguém sabe!
só é sim um novo dia,
o de fazer vezes sem conta
num exercício de eternidade,
o mesmo caminho.
Sair da noite lentamente,
será que traz esperanças ao mundo?
e ao acabar o seu reinado deixa um pouquinho de tudo.
no fundo da minha vida
as vidas estão sempre a passar,
habituei-me muito cedo a elas,
tão cedo como a tua presença
talvez por isso fique triste
tantas vezes por dia.
A vida…
Para uns foi boa
Deu-lhes tudo e muito mais
a outros destruiu tudo!
a fé , o amor e os seus ideais.
A mim, a vida ensinou-me a ir à luta
quando tenho vontade de agir
e a não esperar por ninguém.
E nunca são iguais estas vidas que vivemos.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

Sou apenas aquilo que sou


Sou alguém que nasceu e foi vivendo,
Depois, comecei a amar a curiosidade de sentir-te e tocar-te,
até que comecei a amar a aventura de poder amar-te.
Estou perdido numa curta estrada que é a vida,
sou alguém que gosta de amar e ser amado
caminho nessa estrada no trilho da vida,
só encontro vazio, medo, falta de amor, ódio,
guerra, sofrimento, dor.
Sou aquele que chora, quando o magoam no corpo e na alma,
mas vida, amo-te porque quando te vi não sabia nada de ti
e amava o querer-te descobrir.
Sou alguém que sofre, mas quer viver com alegria,
ainda não sabia que te queria,
já eras o ser da mais completa alegria.
Sou o que quero ser,
a minha vida, o meu crescimento, os meus prazeres,
a minha razão… tudo se deve a ti!
Tudo… sobretudo aqueles que me amam e que eu amo.
Sou triste, abalado, choro como uma criança,
sinto um grande vazio no peito,
uma dor que me atormenta e caminho nessa estrada.
Sou um ser imperfeito, mas com muita esperança.
sinto um grande vazio no peito, uma dor que me atormenta
e caminho nessa estrada, nervoso, assustado.
Sou aquele que procura a sorte, sou o que aparento
já não choro, estou parado, já não posso…
É por isso que te amo…
Irónica como sempre é a vida!
Porque acima da vida está o tempo, e o tempo
rouba-me tudo.
Depois de me criares, ficas-te uma parte de mim,
mas vida amo-te…
Sou apenas aquilo que sou…

C@rlos@lmeida
Foto:Michel Giliberti

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Letras


Letras…
deste-me a realidade ao sabor das palavras
que sinto debaixo do sol escaldante.

Letras…
com cores vivas,
de pintar, e ao mesmo tempo cruas.

Letras…
num mundo de tiranias
onde não há limites.

Letras…
malabarismos
com sabores e cheiros

Letras…
Vivem um desencanto, na noite
Onde palmilho as ruas infinitas.

Letras…
na longa história, que a seu tempo
serão contadas.

Letras…
apontamentos do imaginário
inundados pela luz do pôr-do-sol.

Letras…
os discursos,
a leitura dos poemas.

Letras…
hoje cheias de liberdade
para inalar todas as sensações.

Letras…
rebeldes, insatisfeitas
onde um dia vi teus seios nus.

Letras…
amores e paixões
atrás da eterna rebeldia.

Letras…
sonham o seu próprio sonho
em redor da areia e do mar.

Letras…
Retratam mulheres fortes e sensuais
Homens bons e homens maus.

Letras…
no redor deste luar
não cessam de brotar.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

Oiço o Coração


Oiço o coração
viro fantasma
instala-se um vazio
um aperto profundo no peito.
Quem nunca chorou lágrimas de amor?

Um vazio enorme
e tudo perde o sentido
nuvens negras e sombrias
desvanecem-se…
apresentam um sol brilhante
e sorridente.

Oiço o coração
a solidão pesa
viro fantasma.
Estar sozinho incomoda…
nada parece alegrar os meus dias.

São sonhos
que se afundam!
oiço o coração
viro fantasma…
o calor aperta
uma sombra que se move
automaticamente sem sentido.

Oiço o coração…
uma ponta de tristeza
no olhar…
viro fantasma!
o mundo está cheio de paixões
à espera de serem ateadas.
Quem nunca chorou lágrimas de amor,
é porque nunca amou.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

sábado, 5 de novembro de 2011

Devora-me

Devora-me

Leva-me em teu regaço
devora o dia
rasgando o sentido.

Na boca que te venera
Deposita um leve e sentido beijo.

Sente na minha boca
o desejo sem fim
que há em ti

Por mim

Devora-me os sentidos
mostra-me o teu querer
mistura-o ao meu.

Por ti

Fala-me dos teus sonhos
e desejos
ouve os meus

Apenas meus
apenas tu…
nua…
apenas eu…
nu…

por mim
por ti

murmura-me!
Devora-me…

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Por entre o sonho e a mágoa

Photobucket
Por entre o sonho e a mágoa
espreito pela janela...
pergunto ao céu
Sentes-te só?
Ele respondeu:
Se te murmurar noite dentro
em que cada minuto
é um momento único.
Por entre o sonho e a mágoa
a loucura invade-me estranhamente
sempre que eu tento respirar
sento-me à beira-mar
desfruto-o, sorrio-lhe,
eu próprio procuro
por entre o sonho e a mágoa
a imensidão desse momento,
que nasce da terra
que banha o mar
que se estende no céu
sol, lua, oceanos, montanha
que determina o dia e a noite.
O sol bate-me no rosto
vai sussurrando…
será um sinal de ti?
Por entre o sonho e a mágoa
olho em teus olhos
vejo-me reflectido em ti
numa madrugada esquecida.
O vento faz-me arrepiar…
vem ficar comigo
debaixo do céu
perto do mar!
Por entre o sonho e a mágoa
tento sempre acreditar
trocar sorrisos
numa noite sem luar
só uma vez…
nunca deixei de sonhar
não me sinto só.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Às vezes...


Às vezes… no silêncio da noite, a magia silenciosa de um olhar,
cala mil palavras a proferir.
Às vezes… mais do que palavras
dissipo-me no eco do silêncio em mim.
Às vezes… a profundidade de um olhar
pode ser tudo e nada.
Às vezes… olho simplesmente o vazio
o oceano fundo de emoções.
Às vezes… escuto o vento que leva a ti
o meu lamento.
Às vezes… o grito perde-se na garganta
e cria um imaginário dentro da minha própria realidade.
Às vezes… vivo apenas um dia após o outro,
apenas por viver.
Às vezes… este cansaço imenso preenche o vazio,
mas há dias que vem tomar conta de mim.
Às vezes… recordo pensamentos de outrora
tormentos de cruel solidão.
Ás vezes… a tristeza e a desilusão pago-as com lágrimas
a felicidade e o carinho pago-os com sorrisos.
Às vezes… chorar lava-me a alma e faz crescer
a semente da evolução pessoal.
Às vezes… afinal partilho o amanhecer
que desabrocha lá fora.
Às vezes…
amo
amo a vida
amo quem me rodeia
mas… apenas sobra o vazio…
estranho…
apenas o vazio se apodera do meu peito.
E vivo…
Às vezes… sinto-me dormente…
sei qual é a minha condição ao partir,
não sei qual será ao voltar.
Às vezes… prossigo um objectivo,
um horizonte… penso que estou ausente, distante.
Às vezes…Olho o sol e a lua…
sinto o vento no rosto.
Às vezes…sinto os meus lábios sobre os teus
unidos num beijo.
Às vezes… quando escrevo ao sentimento
é com amor no coração.
Às vezes… como forma de me encontrar, torno a escrita mais leve
dou-lhe asas para voar.
Às vezes…

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abraço a lua


Abraço a lua
pinto-a de cores que invento
numa noite
segurando-a nas mãos
abertas e vazias.

Abraço a lua
da cor do coração
e o silêncio do vermelho carmim
dentro de mim
liberta-me.

Abraço a lua
que desperta na minha mente
cada som
calmo e frio
olhando o mar.

Abraço a lua
e o vazio
que me lê a alma
da tua voz
e me esconde as lágrimas.

Abraço a lua
as palavras que leio
o sorriso que ofereço
quando te admiro nos sonhos
no mundo que tens em ti.

Abraço a lua
louco
enquanto em sonhos me beijas
na nuca, no peito… quente e doce
em secretos desejos.

Abraço a lua
na madrugada,
onde as cores se misturam
levo em sonho, cada gota caindo
das nossas bocas doces.

Abraço a lua
minuto a minuto
cerro os olhos
onde os beijos e desejos contam sonhos
e só os corpos falam.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

Olha para dentro de mim


Olha para dentro de mim
sem angústia e sem pressa
terei sido o teu amor?
o mundo por onde navegas?

Olha para dentro de mim
e se as palavras me fugirem
imagina o poder que os teus olhos
têm sobre mim.

Olha para dentro de mim
contigo percorro mil e um mundos
contigo olho o mar
contigo o mundo gira e as ondas beijam a areia.

Olha para dentro de mim
desnuda-me sem pudor
nesta noite silenciosa
em que a lua não mente.

Olha para dentro de mim
quando no teu silêncio
tens a minha ausência
nos teus lábios.

Olha para dentro de mim
cada lágrima criada
consome-me nas veias
abrasando os sentidos.

Olha para dentro de mim
é magia o teu sorriso
e no instante em que me olhas
deixas-me tocar a alma.

Olha para dentro de mim
como se fosses apenas minha
vou mostrar-te o silêncio
quero sentir-te em mim.

Olha para dentro de mim
tocando-me levemente o corpo
envolvendo-me no abraço apertado
no abraço prometido.

C@rlos@lmeida
(foto da Net)

domingo, 16 de outubro de 2011

Eu bem Sei...


Eu bem sei que o tempo não vai voltar
sem o coração sorrir
talvez só por estarmos sós
como uma noite sem luar
e tu vinhas e falavas
num autêntico alvoroço
o cansaço…

Eu bem sei que o tempo não vai voltar
cheio de segredos,
nostalgia,
amores contrariados,
e grandes paixões.

Sem o coração sorrir
mesmo que deixe transparecer
um espírito errante
egoísta e fútil
carrega o peso de uma vida.

Talvez só por estarmos sós
o que me alimente destrói-me
as cores do céu são inacreditáveis,
para onde quer que olhe, as minhas retinas
enchem-se de beleza.

Como uma noite sem luar
longe dos olhares
e ouvidos alheios
rir, chorar desperta paixões e ódios
é qualquer coisa de mágico, mexe comigo.

E tu vinhas e falavas…
desaparece! desaparece!
incapaz de renunciar á vida.
Gritar! É a solução para vencer o medo
do primeiro ao último raio de sol.

Num autêntico alvoroço
sinto o peso dessa solidão
porque tem a ver com as minhas memórias,
mas com um grande coração,
corrigir os erros do passado.

O Cansaço…
uma sensação interior
um fantasma sem cabeça
não porque seja algo muito profundo
eu bem sei que o tempo não vai voltar.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Suave como a lua


Suave…
Palavras loucas
que se lêem nos olhos
serenamente.
Suave…
o sentir, o sentido
o despertar dos sorrisos
que nasce do desejo.
Amarras secretas
são palavras que o vento leva
na pele que veste o corpo.
Suave…
o que a alma sente
porque não pode ser amor,
mas a sua magia
penetra na lua.
Suave…
que mais posso fazer?
não levas apenas o meu cheiro
nem os meus beijos em tua face
e num sopro vais!
Suave…
és brisa intensa
lua branca que brilha.
Tenho nos olhos guardados,
o tremor do teu desejo.
Suave…
palavras de todos os dias
fico calado,
na sombra do que sou,
que se mistura com o passado.
Suave…
a música da noite,
apenas por instantes
sou a voz da música que escutas.
Mudemos as palavras
troquemos os sentidos.
Suave…
A vida é poema
a verdade é sempre melhor que a mentira
mesmo que doa.
É de vento que me alimento
porque há silêncios que dizem mais que palavras.
Suave…
É a tua amizade,
assim como a lua,
assim como a canção
que me confidencia
Segredos.

Mikii
(Foto da Net)

domingo, 9 de outubro de 2011

A vida vai correndo


A vida vai correndo…
recordo todos os momentos
as palavras prendem-se na minha garganta
as mãos tremem
o nervosismo está no auge,
com o efeito bombástico das suas palavras.

As palavras, que não procuro
nesta noite tão especial,
com os olhos em baixo,
penso sempre com o coração
por entre recordações,
a vida vai correndo…

Houve um tempo em que julguei…
a vida vai correndo…
rezei com todo o fervor
defumei a casa com incenso
olhei sempre para a frente
voltei à realidade.

Banhei-me nas águas da cascata
a vida vai correndo…
esconde os sentimentos
a cumplicidade que nos une
das coisas que guardo,
as palavras perdem-se na minha garganta

A vida vai correndo…
embora temporariamente
só eu acredite em mim mesmo
senti um grande vazio,
um pesadelo
detalhes que não podem ser esquecidos.

Um último suspiro
solto risos e gargalhadas
a vida vai correndo…
as palavras perdem-se na minha garganta
Pouco a pouco a máscara da bondade,
No momento errado.

A vida vai correndo…
quantas dúvidas deixei no momento
sentimentos ruins
onde por vezes nem me lembro
as palavras que não procuro
a observação do que me rodeia.

Uma certa candura no olhar
a vida vai correndo…
uma química que não se explica
o meu sorriso na boca do vento
os momentos em que esmoreci
momentos que desisti de tudo.

A vida vai correndo…

Mikii
(Foto da Net)

sábado, 1 de outubro de 2011

E depois do silêncio?


E depois do silêncio?
Dei um longo suspiro
Anjo? Demónio?
Uma luta que não tem razões
do tempo que me angustia
como se fosse sopro da vida.
E depois do silêncio?
Melodias sonhadoras
que instauram um espaço de deleite
na imensidão da desordem.
Almas sensíveis…
E depois do silêncio?
O que me inspira são esses momentos
em que me sinto insignificante
na vastidão do universo.
Anjo? Demónio?
Como se tudo estivesse ligado entre si
pelo sentido!
abrem-se horizontes
sem profundidade…
para a luz transparente da alvorada.
nada aqui é passado.
E depois do silêncio?
Uma luz fria e dourada,
um olhar directo e firme,
que me penetra até à alma.
Os sentidos ocultos que existem
Vida e morte, religião e amor…
Anjo? Demónio?
Algo no mais vacilante de mim,
lá onde eu tenho medo
cresce sem limites.
Como se tudo estivesse ligado entre si
Pelo sentido do real
pelo sentido do possível.
E depois do silêncio?
Ir suavemente à deriva,
Ou suscitar sorrisos
Na esperança oculta
No laço de confiança.
Anjo? Demónio?
O imaginário de todos
um sentido semelhante do que é belo!
E depois do silêncio?
Momentos inatingíveis
especialmente quando partilhados
com alguém.
Uma suspensão no tempo,
o olhar desesperado
por vezes tímido…
almas sensíveis
Anjo? Demónio?
Depois do silêncio.

Mikii
(Foto da Net)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Narra-se a vida



Narra-se a vida
tudo está calmo e tranquilo
um momento pleno
feliz de verdade
transpirando felicidade.

Narra-se a vida
a linguagem crua
a frialdade das paisagens
o peso do passado
aplicado ás fraquezas.

Narra-se a vida
sem barreiras
ou sorrindo
ou assustado
das esperanças no futuro.

Narra-se a vida
o equilíbrio frágil
a fina linha de separação
entre o talento
da adaptabilidade.

Narra-se a vida
dos perigos da aceitação
do diário assombrado
que suscita
o mesmo olhar.

Narra-se a vida
momentos especiais
num mundo no caos
das chegadas e das partidas
da viagem que acaba.

Narra-se a vida
Fugindo aos detalhes
Já sem memória
que nos faz pensar
o fim da glória.

Mikii
(Foto da Net)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fecho os olhos e...

Fecho os olhos e saboreio a noite cá fora
O frio, o escuro
Olhares alheios sem sentido
Que passam
Coisas que ainda procuro
no meu espírito,
não sei como evitá-lo.
São momentos,
Muitas palavras ao mesmo tempo…
Tiritando de frio,
em vez de optar por me recolher,
fecho os olhos e saboreio
as gotas de chuva.
Como é fascinante o silêncio!
Tem coisas estranhas
com algo de cruel.
Fecho os olhos e saboreio o meu amor
à música e as palavras.
Tantas palavras que saem do meu íntimo
que me deliciam e comovem,
onde posso rir e chorar livremente
rir de mim, chorar para mim.
São momentos
Que se misturam com o silêncio.
Há coisas que ainda procuro
Saudade que cresce,
com o tempo vai passando,
em que aprendi coisas que nem sonhava que existiam.
São momentos
Sem ruído e cinzentos.
Fecho os olhos e saboreio cada letra que escrevo…
letras minhas
pensamentos meus.
Lá ao longe, um relâmpago no céu cinzento
é para lá que os meus olhos são levados…
Olhares alheios voltam a passar.
Vejo no seu olhar a sua interrogação …
O que faz aqui este doido ao frio?
Porquê?
Sem saber porquê procuro outro sentido…
Não é em mim!
é na busca do sentido.
Fecho os olhos, saboreio o som maravilhoso
das ondas a bater nas rochas lá ao longe.
Cai uma chuva miudinha…
O som de Sarah Brightman – A Whiter shade of Pale
simplesmente maravilhosa.
A chuva afinal não é chuva… é maresia !
Fecho os olhos, mas tenho de escrever
esta página que quero deixar fechada.

Mikii

(Foto da Net)

Um Lugar Mágico



O mar é um mundo sem fim
Um lugar mágico...
A manhã está fresca e o cheiro intenso a maresia
parece prometer-me o infinito...

As ondas nas idas e nas vindas,
cheias de sussurros.
Este mar misterioso para explorar
e sorver até à última gota.

A magia de cada instante,
a caminho do nada,
no meio de tudo...
A outra margem no horizonte...

Sigo para olhar o tempo,
neste lugar mágico,
os fantasmas que mais ninguém
se lembra de ter visto.

Fecho os olhos e absorvo o mar,
o cheiro a maresia,
para que o meu pensamento
se torne transparente.

A partir do nada...
A magia da emoção de cada instante,
o percurso, o tempo do mistério,
do tempo que passou!

Quantas almas inocentes ficaram neste mar?
Mais uma vez, não sei...
Só contemplo este mar, o infinito, a sua fala suave
sem retirar um pouco que seja da alma.

As ondas nas vindas e nas idas
tentam quebrar o silêncio,
no interior do mundo, de mim, e das coisas.
O mar, é a magia de cada instante...

Um lugar mágico.

Mikii
(Foto da Net)

domingo, 7 de agosto de 2011

Vai... melodia

Vai… melodia
Liberta o eco dos teus pensamentos
melodia que toca no coração
pelo firmamento da emoção e da fantasia,
onde as brisas azuis me afagam
e me declamam poemas…
oriundos de um tempo sem memória.
Uma melodia que me toca a alma
deambulando em fantasias…
devaneios interditos…
e de súbito desaba o silêncio
despertando melodias esvoaçantes de vida,
que entoam sinfonias sagradas
no infinito.
Uma melodia que toca no íntimo
e detém-me a sentir as palavras
da canção que trauteio.
Sou guardião das melodias que tocam
a mais pura alma,
mensagem deambulante… que flutua
no horizonte da memória…
para além do tempo.
Uma melodia que toca a minha alma pura…
se eu pudesse prendê-la na minha alma,
qual estrela bordada no horizonte,
qual luar desenhado no universo…
tu és a melodia… em ti está a harmonia…
leva-a sempre contigo
e nunca estarás só.
Não a procures no exterior,
não percas tempo,
encontra-a dentro de ti, nos teus sentimentos.
Uma melodia que toca todo o amor
por onde te perdes em devaneios
e bailados de fantasia.
De todas as palavras que escrever
bailam os incessantes voos…
o pensamento atravessa melodias
e estrelas sorridentes.
transpondo versos.
Vai melodia,
Iluminar os corações…
melodias…
dos erros cometidos,
da esperança…
vai… melodia,
liberta o eco dos teus pensamentos.

Mikii
(Foto da Net)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Porque escrevo?

Desde que me conheço que gosto de escrever e desde uma certa idade na adolescência senti a necessidade de expor o que pensava em relação a algumas questões.
Era necessário para mim aprofundar a escrita para qualquer coisa mais pessoal. Escrever para contar uma história que depois acabava por ser minha.
Para mim escrever, não é como interpretar um papel. Não é a mesma coisa. Um texto escrito é como um instantâneo, é um momento de vida em que sai aquele pensamento, que pode não sair nunca mais, então há que aproveitá-lo. E há textos que aparecem assim de repente, em certos momentos da vida. Outros invento-os para fazer experiências, que por vezes saem muito bem. E a escrita é isso mesmo, é o tempo que passa, porque não posso escrever sobre o tempo que ainda há-de vir. É fácil perceber o que leva os leitores a identificarem-se com o encantamento da escrita.
São fragmentos que têm sentido quando as pessoas se revêem nesta ou naquela frase, livre de medos, muito mais do que preconceitos. Aqui o personagem, não é uma ideia genial, mas é uma boa ideia.
Escrever para mim é muito importante, até para sentir os ecos de tudo aquilo que vivi no passado, e no presente, pois só assim é que faz sentido escrever.
Vou tendo a noção, de que escrever é uma verdadeira prova de fogo, o que num primeiro momento, por vezes deixa-me algo receoso, embora no momento seguinte, quando chego ao Blogue e vejo alguns comentários, que me dão ânimo e alento para continuar.
Há sempre vida e corpo por detrás de qualquer texto, único e irrepetível, como qualquer vida.
Escrever, permite-me criar algo de novo. O melhor da escrita é poder escrever o que penso, quando penso e não fazer o óbvio, porque o óbvio não tem piada.
Nunca pensei que me fosse apaixonar desta maneira pela escrita, mas a verdade é que aconteceu.
Brincar com as palavras, pode ser um desafio completamente diferente de todos aqueles que tive oportunidade de participar até agora.
É possível encenar no poema o que não pode ser realizado na vida.
Escrever tem sido incrível, surreal e estimulante.
Sempre que me sinto inseguro, pego num caderno e uma caneta e deixo a minha imaginação a trabalhar…
Escrevo de mente aberta, e muitas vezes na minha cabeça nem sempre é fácil tornar esses sentimentos reais.
As infinitas combinatórias das palavras, que formam o corpo do poema, são como uma impressão digital.
Ao princípio era-me muito difícil chegar ao final de um texto e conseguir voltar a ser eu próprio. Algo que tive de aprender com o tempo.
Hoje em dia já fico menos cansado emocionalmente, porque há frases e textos que tocam bem fundo, independentemente de ser real ou inventado, porque em ambas as versões é difícil compara-las, embora a emoção esteja lá em ambos os casos.
Sinto-me um privilegiado por fazer algumas pessoas sonharem.
Os comentários que recebo, encaro-os como um elogio à minha forma de escrever e estar e espero conseguir passar alguma mensagem positiva através da minha escrita.
Apenas gostava que comentassem mais…
Escrevo ou muito de manhã ou muito pela noite dentro, que é quando não tenho rotina. É que para mim escrever não é estar meia hora a escrever. Para me concentrar e escrever com nexo preciso de estar sozinho para me concentrar.
Estou ali enquanto me apetece.
Geralmente escrevo na minha salinha da lareira, onde tenho o meu computador, mas não gosto de escrever directamente no computador, escrevo sempre em papel, com caneta e a cor não interessa é sempre com a primeira que encontro.
Estou sempre a ouvir música… sempre! Por vezes estou tão obcecado com o que escrevo que a música, passa ao lado, nem a oiço.
Sou capaz de escrever exaustivamente durante uma semana, e depois estar outra sem escrever. O que se passa na minha escrita é construído através da memória, ou da transformação de factos reais ou da invenção de factos que acabam por construir a memória, a minha memória trabalhada ou não.
A minha memória, o meu pensamento está sempre lá, muitas vezes através dos factos concretos que são transferidos, outras vezes uma reinvenção da memória.
Descobri na escrita um espaço que apela também a minha veia inventiva e isso também me agrada
Olho à minha volta…
Que faço a tantas imagens, que todos os dias vejo, ou sou obrigado a ver? Imagens ou acontecimentos que me fazem sentir que, em boa verdade, apenas deposito os olhos por uns breves instantes, e fazem-me saltar para uma outra dimensão, que produz algum espanto.
Porque? Porque desafia a minha mente o meu outro lado de criar algo novo.
É certo que olho para elas e tenho várias formas de identificar, escrevendo, contemplando, pensando, ou melhor tento identificar com as palavras tudo aquilo que a minha memória conseguiu gravar e aí lido com as alegrias e angústias do sonho.
Muitas imagens massacram os meus olhos e a minha alma. Apenas olho, silencioso, extasiado como num sonho e tento reformular por palavras, mas também em paralelo, no processo poético, em que da palavra pensada, lida, ouvida e integrada num certo contexto, a faz construir o texto.
Um texto tem uma história, que fala a amargura, a alegria, o desânimo, a desilusão, o sucesso, o insucesso, o ódio, o amor…
Qualquer coisa me pode servir de inspiração para escrever; um filme, uma paisagem, um livro, uma simples letra de uma música, uma frase dita no ar… qualquer coisa que desperte em mim a necessidade de pegar numa caneta e ficar ali a explorar esse aflorar de sentimentos.
Quando contemplo algo, não necessito obrigatoriamente de decifrar todas as metáforas da forma, e nem sempre desenvolvo uma relação de gosto com ela.
Muitas vezes coloco os sonhos numa gaveta qualquer, escondidos no fundo do meu coração ou naquele lugar secreto onde guardo as memórias em surdina.
Eu considero-me uma pessoa muito curiosa e quanto mais envelheço, menos medo tenho de ir mais além.
Não sou um escritor, o que sou é um “curioso”, uma vez que em todos os meus escritos tento transpor para o papel algumas das experiências que vivi ao longo de mais de 40 anos.

Mikii
(Foto da Net)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Acordo o vento

Sonho a certeza do sentido
acordo o vento,
como os sonhos que trazem o receio de adormecer.
Amaldiçoada tristeza
de um maio que despede a Primavera, desata trilhos ocultos
cobertos de raios de luz...

Acordo o vento
sem noção olho o infinito,
emoções florescem,
regadas na desordem das nuvens
refugio-me no teu peito,
oiço o teu coração
teus cabelos em desalinho
esperança intensa
mulher...


Acordo o vento
dispo-me na paixão de gotas nuas ao luar
à medida que a minha boca se pôe na tua,
para derreter o gelo
palavras meias loucas,
profundos olhares, cúmplices num riso...
o vento feroz tudo desmorona
os minutos afogam-se
nos cantos da vida.

Acordo o vento
Conheco-te...
Já nos cruzamos por ai
trocamos olhares, como quem se deseja...
Tenho medo!
sonho a certeza do sentido
fecho os olhos para sentir a alma
por dentro sangro
na noite clara.
Perdi-te!
Já não te encontro,
tudo é alheio ao sentido da vida,
ao desejo do coração.

Acordo o vento
quando os sonhos me impedem de viver,
não quero brigar com o mundo,
mas se um dia isso acontecer
quero ter forças suficientes para te mostrar
que o amor existe...
que ele é superior ao ódio e ao rancor.

Acordo o vento
O tempo passou
tu já não estás!
acordo... e não gosto do que descubro.
A realização para os sonhos,
quase sempre se perde no caminho.
Não passo de um grão de areia no deserto
lançado no tempo.
Tudo não passa de um sonho.

Mikii
(Foto da Net)

Para onde vais?

Para onde vais?
Não me deixes de novo a chorar!
Lágrimas perdidas...
despertam desorientadas
nos meus passos silenciosos.

Para onde vais?
A loucura invade-me estranhamente
em busca de algo
em busca de nada.

Ainda és o meu destino.

Para onde vais?
Se te murmurar noite dentro
que me embales o coração,
que serenes as feridas, embalas?
Ou será demais o que peço?

Para onde vais?

Em busca de nada...
Se lá fora as nuvens negras povoam o céu
e há o sonho ainda por viver...
quando falamos da dor que é respirar e nascer.

Para onde vais?
Se te murmurar noitre dentro,
em que cada minuto é um momento único
e todos os silêncios são abstractos
mesmo na incerteza de nunca saber as respostas.

Para onde vais?

Não existem dias diferentes
em passos de inquietude na última claridade do dia,
em busca de algo
em busca de nada...

Para onde vais?
a loucura invade-me estranhamente,
falaste-me de brumas e infinito,
falei-te da ânsia das estrelas,
falamos da dor que é nascer e respirar.

Para onde vais?
Orvalhada de desejos inexplicáveis,
embaraçados, desconexos, perdidos.
Oculto-me na lágrima incontida,
volto sempre ao meu ponto indefinido.

Para onde vais?
Em busca de algo
em busca de nada
em que os meus passos silênciosos
despertam desorientados.

Para onde vais?
quando cada minuto é um momento mágico,
onde o silêncio
deixa a lágrimas perdidas
num abraço interrompido.

Para onde vais?
A louura invade-me estranhamente,
tento conservar a pureza e a ingenuidade.
O tempo renasce, revive, envolve, domina
cada minuto é um momento único.

Para one vais?
Não existim dias diferentes,
restam as memórias e pouco mais
em busca de algo
em busca de nada...

Para onde vais?
Não me deixes de novo a chorar
a loucura invade-me estranhamente,
aprofunda-se o querer,
de novamente, te encontrar e olhar!

Para onde vais?
Se há o sonho ainda por viver!
Num minuto, rumas-te sem aviso
em busca de algo
em busca de nada...

Para onde vais?

Mikii
(Foto da Net)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quando não te vejo



Quando não te vejo
as horas arrastam-se infinitamente.
Este silêncio, é o meu cúmplice da madrugada
Bem sei que a noite é boa conselheira,
mas escolhes a madrugada para me falar
do teu amor.
Da grande página aberta
fica o teu perfume
que escorre pelo meu corpo adormecido.

Quando não te vejo
cada dia é um mistério
que se adensa por cada hora que passa
assim, no silêncio do poder.
É nele que tu te moves e levas
parte da minha vida contigo.

Quando não te vejo
temo encontrar-te amparada
por outros braços quaisquer,
sacio-me de sorrisos esboçados
oiço sussurros que me buscam.
Por segundos, a verdade parece tão clara,
tão obvia,
tão minha.

Quando não te vejo
tudo é estranhamente calmo
caminho perdido algures
olho-me na ausência de ti,
entre o respirar distante no tempo
e o frio latejar da realidade.

Quando não te vejo
tudo fica distante
a tua alma,
as recordações
os suspiros profundos
os sonhos...
um reflexo, do meu intenso desejo
de satisfazer o teu.

Quando não te vejo
os sonhos e as quimeras adensam-se
o entardecer é mais curto
e a cortina vai abrir-se para o dia seguinte.
Partilho as mágoas e recupero forças
todos os poemas morrem...

Quando não te vejo
as horas arrastam-se infinitamente
cada dia é um mistério
temo encontrar-te amparada
tudo é estranhamente calmo
tudo fica distante
os sonhos e quimeras adensam-se
quando não te vejo.

Mikii
(Foto da Net)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sou um Instante...

Sou um instante...
Pergunto ao espelho que insiste

no meu reflexo
o que é afinal o destino?
Retalhos que marcam com cicatrizes profundas
esta minha alma de homem.
E ninguém ouve o meu grito!

Sou um instante...
Sangro por dentro,
palavras que te entrego e ofereço
para povoar todos os vazios.
Foi hoje... que senti o vento na noite
aquele que me envolve em mistério.
Aquele vento...
Que implora por ti no silêncio
e eu deixo-me ir...
No silêncio deixo ir o amante,
o marido,
o pai,
o amigo,
o filho,
o irmão,
o homem... que sou!

Sou um instante...
Por todas as partes recônditas do meu corpo,
solto um grito
onde confesso este amor
que me enlouquece.
Palavras secretas
que me falam no silêncio do olhar,
vão surgindo como encanto,
a alma vaza
deixando à solidão um lugar.

Sou um instante...
Quando penso num olhar
que nada encontra.
Será covardia de uma alma já vazia?
Corro sem parar...
O sol rompe pelas nuvens timidamente,
apetece-me gritar
rasgar do coração
a ferida que ficou.
Como um instante...

Sou um instante...

Mikii
(Foto da Net)

Sim, sou eu...

Sim, sou eu...
Os braços envolventes da alvorada
tem o sorriso das estrelas cintilantes de alegria.
O vento sorri,
sopra brisas enfeitiçadas
murmúrios da minha alma
suaves brisas de galáxias esquecidas,
alamedas floridas de sonhos azuis,
nas estradas infindas do firmamento.
A fórmula mágica para te conquistar
sei que existe... sempre a busquei
falei ao vento de ti... e ele chorou...
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das estrelas,
serão, o meu ego
nas solitárias madrugadas.
Sim, sou eu..
e no sorriso do mar, oiço a tua canção,
melodia da tua alma encantada.
Deambulo pela imensidão do sonho,
por nuvens de incerteza e amargura,
vou amar, saborear,morder, cada segundo teu,
sem pudor, sem temor, sem medo da nova dor!
A memória da minh'alma vai buscar-te
ao infinito dos sonhos e nas ternuras das brisas,
traz-me as tuas lembranças.
Sim, sou eu...
o vento sorri
a voz do silêncio conta-me melodias de encantar
das nuvens doiradas dos teus pensamentos.
Minha alma canta com a tua
a mesma canção,
na noite dos mistérios, minha alma flutua
ao som das melodias, dos teus gemidos.
Sinto-me assim
o vento sorri
num aamaranhado de pensamentos
sem os beijos no luar
que me acordavam de madrugada.
Vagueio assim...
respiro a doce melodia do meu sonhar
esvoaçando nos segredos do vento.
O vento sorri...
sentimentos magoados
emoções descompassadas
vãs utopias que deixaram sofrimento num sonho
sim, sou eu...

Mikii


(Foto da Net)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tu, que me roubas-te...



Quero morrer...
da tua vida desaparecer
odeio-te sem fim,
e morrerei de amor porque te quero!
Tu, que me roubas-te a alma,
Tu que me roubas-te o sonho.
Eu não voltarei...
quero morrer!
com a noite quente, calma
adormecerá tudo.
Choro com amargura as mágoas
das ilusões mortas
sem qualquer limite ou condição.
Quero morrer...
Será que nada fui para ti?
"Impossível"
esta palavra é um punhal cravado
no coração.
Quero morrer...
Segurar as lágrimas é o mesmo
que pedir para parar o tempo,
nas horas de íntimo desgosto.
Tu, que me roubas-te a vida
Tu, que me roubas-te a alegria.
cada palavra lembrada, provoca em mim
sentimentos e emoções,
muitas vezes difíceis de ser esquecidos.
São palavras que encerram
uma profunda dor.
Quero morrer...
Dormir sem sonhar
a dor que já não doi.
Deixar de sentir,
anular os sentimentos,
numa angústia doida no peito...
Tu que me roubas-te tudo
Tu, que me roubas-te a própria dor.
Quero morrer...
já nem consigo sentir dor!
nem saudade...
Saudade é sentir que nada aconteceu,
que ela partiu, traíu e morreu
e que a qualquer momento,
não importa se aqui ou além
estarei de novo caminhando.

Mikii
Escrito algures em 1987
(Foto da Net)

Hoje vi o mar



Hoje estou feliz
hoje vi o mar
hoje sinto o meu coração,
como uma bola de sabão...
frágil, sem rumo, solitário...
numa viagem de dor e incertezas.
Hoje o meu olhar é mais frio
na noite quente e estrelada,
hoje o universo está à minha espera
completa o vazio
que tanto magoa o coração.
Adoro o mar...
fico com vontade de mergulhar mais fundo,
mas o meu medo é maior,
e volto de novo para trás.
Hoje a manhã nasceu calma,
mas a solidão
destroi todos os sonhos.
É o fim do pesadelo!
Mas... hoje estou feliz
hoje vi o mar
hoje o mar viu-me a mim,
então...
ficamos os dois curiosos um do outro
a redescobrir o prazer de viver
a trocar segredos...
olhos nos olhos
em tom de mistério.
Hoje vi o mar,

hoje vi a bela ilha de encantar

que me faz sonhar e recordar
com uma beleza frágil, mas serena
vi o mar, com um olhar vivo
e ao mesmo tempo contemplativo.
Hoje estou feliz
hoje vi o mar...

Mikii

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sentimento



Que sentimento é este afinal?
sempre este vazio que teima
em preencher pedaços da tua ausência...
Gosto quando me desvendas
quando vejo o mar.

Não consigo silenciar este sentimento
semeio flores macias...
ainda sei escutar o teu olhar
quando mergulho no perfume das flores,
embalando as cores secretas
de cada pétala.
Gosto de mergulhar nos meus silêncios
viajar pelo infinito
decifrar segredos.

Não consigo silenciar este sentimento
encontro a saudade a vaguear no horizonte,
a aurora anuncia o sol, que ousa
despontar para uma manhã.
Queria parar o tempo do meu sonho,
sentir aquele afago da brisa
na minha alma.

Não consigo silenciar este sentimento
ainda sinto o aconchego demorado
no teu abraço murmurando-me
lamentos e ternuras.
Continuo na caminhada...
decifrando os meus passos sem sentido
agora o sol escondeu-se...
deu lugar às estrelas,
até que a primavera do teu olhar
e a poesia do teu coração
fez-me abraçar os versos que me escreves-te,
que afastaram as nuvens amarguradas
do meu sentir...

Não consigo silênciar este sentimento
não sei fechar os olhos
vejo as estrelas reluzentes,
jamais esquecerei o horizonte,
no silêncio sábio das palavras.
As gaivotas que voam em rodopio,
tentam levar o meu pranto para longe...
mas em vão.

Não consigo silênciar este sentimento
hoje quero ver o sorriso que brinca
no perfume das flores,
afastar as brumas da melancolia
e da solidão.
Eu não te vejo,
mas povoas os meus sentidos...
Que sentimento é este afinal?
sinto-te em cada suspiro das palavras,
sinto-te na subtileza da noite,
em cada suspiro do vento.

Não consigo silênciar este sentimento
vou...
sem saber como regressar!

Mikii
(Foto da Net)

domingo, 5 de junho de 2011

Não perguntes nada...



Não perguntes nada
meu corpo sente o afago
lábios trocados, molhados
fantasias na madrugada
face cansada
olhos cerrados.
Não perguntes nada…
o tempo ainda não terminou
a névoa abraçou a madrugada
desnuda-te para mim
deixa que descubra
o toque da tua alma
ao adormecer.
Vamos sentir o vento gelado,
vou suspirar-te ao ouvido
e voamos de encontro às estrelas.
Não perguntes nada…
sem uma palavra,
olha para mim
na cama em desalinho,
no jardim da paixão.
Aos toques de prazer,
um gemido abafado.
Não perguntes nada…
vamos aproveitar o momento
perdemo-nos no tempo
novamente
até ao amanhecer.
Basta um olhar,
um olhar que se perde no teu…
Numa felicidade infinita.
Não perguntes nada…
busca emoções.
Tinha a certeza que estava a entrar
num mundo que não era meu.
Sei que não podia,
sei que não devia,
mas tu deixas-te,
uma entrega em delírio.
Não perguntes nada…
sim, acredito, que o amor é intemporal.

Mikii
(Foto da Net)